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Entenda as mudanças da revitalização da Avenida General Meira

Entenda as mudanças da revitalização da Avenida General Meira

Aumento de loteamentos e do tráfego de veículos demandou alterações no trânsito, como a implantação de um canteiro central

Desde o final de março, uma das mais importantes vias do corredor turístico de Foz do Iguaçu, a Avenida General Meira, está passando por uma revitalização em todos os seus 4,5 quilômetros de extensão. Recape asfáltico, implantação de canteiro central e ciclovia são algumas das transformações pela qual a via passa, mas você sabe o porquê dessas mudanças?

O projeto de revitalização da via que liga o centro à região sul da cidade foi idealizado pelos engenheiros da Secretaria Municipal de Obras junto com o Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu – Foztrans. Um dos principais critérios considerados foi a economicidade – fazer o melhor possível com menos recursos -, além de questões econômicas e relacionadas ao fluxo de veículos.

A General Meira é uma avenida estrutural, mas que não possuía até então um canteiro central para organizar os movimentos dos veículos que ali transitam, permitindo as conversões à esquerda para acesso aos lotes e vias locais.

O diretor superintendente do Foztrans, Licério Santos, lembrou que, até poucos anos atrás, o crescimento ao longo da via era lento, mas recentemente uma grande quantidade de empreendimentos residenciais se instalou ao longo da avenida.

“São condomínios horizontais e verticais e novos loteamentos. Também tem aumentado o fluxo de veículos devido aos empreendimentos turísticos ao sul da General Meira. Houve a reforma do Marco, que atraiu um maior número de visitantes, e a construção da roda gigante, que também aumentou o fluxo”, afirmou Licério.

Além desses fatos, em breve também será entregue a nova ponte que liga o Brasil ao Paraguai. Apesar de não ter acesso pela General Meira, a previsão é que haja um grande desenvolvimento em seu entorno, ocasionando um maior fluxo de veículos que vai impactar na via. “Por isso, notamos a necessidade de instalação do canteiro central para organizar as conversões e, assim, reduzir o risco de acidentes”, explicou o diretor superintendente.

Ciclovia

Com todas essas mudanças acontecendo ao longo da avenida e no seu entorno, a estrutura já não era suficiente e segura para todos os usuários, principalmente para os pedestres e ciclistas, conforme análise da engenharia de tráfego do Foztrans. Além disso, a ciclovia estava fora dos padrões atuais estabelecidos pela norma técnica.

A ciclofaixa da General Meira foi a primeira de Foz, construída no início dos anos 90, juntamente com o alargamento da avenida, e projetada em uma época que não existiam leis e normas que estabelecessem critérios claros para sua implantação.

Naquela época, as ciclovias eram implantadas onde “sobrava” espaço na via. A ciclofaixa da General Meira era estreita para o trânsito em mão dupla e conflitava com a faixa de estacionamento, pois os usuários dos veículos abriam as portas bloqueando o trânsito na ciclofaixa e muitas vezes atingindo ciclistas que ali transitavam.

“Diante deste cenário e da necessidade da Prefeitura de projetar obras de manutenção desta avenida com a remoção da camada asfáltica e renovação do pavimento, veio também a demanda de reprojetar a ciclovia, que não estava adequada às normas”, explicou a engenheira do Foztrans, Pricila Bevervanço Mantovani.

Os recursos para a revitalização – destinados pela prefeitura – eram limitados. “Precisamos reprojetar a via somente na largura da pista existente, sem abrir mão de duas faixas de circulação em cada sentido, estacionamento e uma ciclovia dentro dos padrões de segurança”, disse Pricila.

Segundo ela, para melhor organizar os fluxos na avenida foi necessário implantar um canteiro central, pois as conversões à esquerda causam maiores transtornos ao trânsito, gerando conflitos entre os fluxos opostos, insegurança e interrupções na corrente de tráfego. “E obrigatoriamente precisávamos implantar uma ciclovia adequada ao volume de usuários previstos, contemplando os critérios estabelecidos pelo Manual Brasileiro de Sinalização Cicloviária do Denatran”, afirmou a engenheira.

Para suprir essas necessidades, foi projetado o canteiro central com a ciclovia com largura livre de 2,50m, somado a uma faixa de vegetação em suas laterais para dar mais segurança aos ciclistas. A ciclovia está sendo executada em asfalto, pensando no conforto do ciclista ao pedalar.

O canteiro central possui aberturas que possibilitam a conversão à esquerda nos cruzamentos semaforizados e em algumas outras vias, para dar permeabilidade de tráfego aos bairros ao longo da avenida. Também está previsto paisagismo ao longo do canteiro central e sinalização adequada para a travessia de pedestres com maior segurança, considerando eles poderão aguardar no canteiro para atravessar a avenida.

“É claro que muitos moradores da avenida estranharão que não poderão mais adentrar em sua rua ou no seu bairro diretamente, como faziam. Mas, com certeza, encontrarão novos caminhos e a forma mais adequada de chegar à sua casa ou ao seu trabalho, assim como acontece em outras avenidas que sempre tiveram canteiros centrais em nossa cidade, como a JK, Paraná e Costa e Silva”, finalizou Pricila.

 

(AMN /Foto: Thiago Dutra PMFI).

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