O sindicalismo patronal brasileiro passa por grandes transformações, evoluindo e se profissionalizando em prol de um melhor atendimento aos empresários de suas diversas categorias. O desafio de acompanhar e subsidiar, em seus diversos aspectos funcionais, principalmente o pequeno empreendedor, exige dos sindicatos eficiência, gestão empresarial e modernidade.
É um processo complexo, pois se lida com a dificuldade contributiva das empresas, falta de tempo dos empresários em participar da vida sindical de sua categoria, e uma imagem histórica, em grande parte, de descrédito destas instituições. Porém existem também as ilhas de excelência, além de exemplos de dedicação e sucesso, fruto do empenho de setores que percebem que o trabalho em conjunto com objetivos focados resulta em ganhos para todos, desde a microempresa até grandes empreendimentos.
Este é o caso do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz de Iguaçu, no qual hoteleiros e comerciantes da gastronomia entenderam a importância da ação coordenada e da força da representatividade quando o setor atua sob a égide de uma entidade que existe para representá-lo, defender o segmento e encaminhar suas reivindicações perante a sociedade, governos e consumidores.
Mais que uma geração, 37 anos refletem persistência em superar problemas, acumular vitórias, aprender nos revezes, materializando ganhos e realizações, que são incorporadas na caminhada de crescimento do
Em uma localidade onde o comércio internacional é pujante, colocando o turismo de lazer, eventos e negócios como fundamental para o desenvolvimento econômico, a atuação do
Foz do Iguaçu, um dos ícones dos destinos brasileiros e mundiais, com a recente eleição como uma das Sete Maravilhas da Natureza, incorpora uma vantagem competitiva fantástica em relação a outros concorrentes, no desejo de visitação dos turistas, e deve saber aproveitá-la.
Claro que nosso país tem desafios imensos pela frente, apesar da inserção de uma nova classe média ascendente, que incorporou o lazer de visitação na sua cesta de consumo, propiciando um mercado interno crescente extremamente benéfico para nossa atividade.
Precisamos treinar de maneira urgente um enorme contingente de colaboradores não só em práticas profissionais das boas técnicas funcionais, como também em línguas estrangeiras e no próprio português; necessitamos melhorar a mobilidade urbana para nossos funcionários e clientes; urge uma desoneração da folha de pagamentos também para o setor de alimentação, dado que os hotéis foram contemplados recentemente pelo Brasil Maior; a legislação de locação, por um lado, oxigenou o mercado imobiliário, por outro criou imensas dificuldades para os restaurantes nas renovações dos contratos de pontos comerciais; e finalmente o custo tributário tanto de ICMS e ISS, apesar do Simples com novo enquadramento, merece aperfeiçoamento para incentivo setorial.
A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), juntamente com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, tem trabalhado
Alexandre Sampaio
Presidente da FBHA