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Homenagem ao hoteleiro Casemiro Rafain

Homenagem ao hoteleiro Casemiro Rafain

Casemiro Rafain web

 

O empresário Casemiro Rafain faleceu aos 82 anos de idade hoje, 25 maio, em Foz do Iguaçu. Sua trajetória está retratada no livro “Memórias”, do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, que será lançado na sexta-feira, 26. Em sua homenagem, o Sindhotéis antecipa o perfil escrito especialmente para a obra. O velório é realizado nesta quinta-feira e o sepultamento será às 8h30 desta sexta-feira no Cemitério São João Batista.

Casemiro Rafain – Uma geada muda o rumo da vida
Casemiro Rafain
Os efeitos negativos de uma colheita ruim provocada por uma forte geada que atingiu o município de Paim Filho, no Rio Grande do Sul, nos anos 1970, abriram um caminho de possibilidades para o hoteleiro Casemiro Rafain. Nesta época, sua família mantinha um comércio na pequena cidade gaúcha, que dependia da agricultura. Com o fracasso da safra e seus desdobramentos na economia local, Casemiro resolveu aventurar-se no Paraná.

Adélcio Ronald Rosane Eliane Suzete Nelsa Casemiro e Fernanda

Nascido em 28 de outubro de 1934, em Lagoa Vermelha (RS), é pai de seis filhos: Adelcio, Eliane, Fernanda, Rosane, Ronald e Suzete. Fixou-se em Foz do Iguaçu no ano de 1967, quando veio trabalhar para pagar o financiamento de dois caminhões adquiridos pela família ainda no Rio Grande do Sul. Casemiro conheceu a cidade ao cruzar a fronteira conduzindo cargas de madeira trazidas de Cascavel, tendo como destino a exportação para a Argentina. Aqui, empenhou os dois veículos no transporte de pedras e cascalhos na construção da Avenida das Cataratas.

Depois de empreitadas na pavimentação asfáltica em algumas cidades paranaenses, o empresário passou a comercializar areia, extraída do porto às margens do Rio Paraná. “Tinha uma reserva de dinheiro, então comprava grande quantidade de areia e pagava à vista. Assim, conseguia vender mais, enquan-to os outros caminhoneiros só faziam frete”, relembra. Com o tempo, o ramo abrangeu tijolos, pedras e outros materiais.

Com o capital gerado do serviço de frete e comercialização de materiais de construção, Casemiro adquiriu de seu irmão, Olímpio Rafagnin, uma churrascaria localizada na Rua Tira-dentes, onde funcionou a Caixa Econômica Federal. O estabelecimento precisou ser fechado devido à abertura da Avenida Juscelino Kubitschek. Então, seu Casemiro comprou outra churrascaria, na Avenida das Cataratas, e logo depois, o terreno em que ergueu o Hotel Rafain Centro.

A hotelaria entra em campo
Casemiro e Nelsa
Para construir o hotel, o empreendedor adquiriu dois terrenos no centro da cidade, que faziam parte do Estádio do ABC, centenário time de futebol de Foz do Iguaçu. Acompanhado dos filhos, empreendeu o esforço para conseguir os recursos necessários para a obra. Três dias antes da inauguração, veio o susto. “Pedi para meu filho fechar a contabilidade da construção. Ele me apresentou uma conta milionária em compras financiadas”, conta.

A recompensa pelo trabalho e pela aposta no desenvolvimento da cidade veio rápido. Inaugurado com 32 apartamentos, em 1982, o Hotel Rafain Centro permaneceu integralmente ocupado durante os primeiros meses de atendimento.

— Não tinha um apartamento vazio, recebíamos muitos argentinos. Para ajudar, um amigo ofereceu um empréstimo para eu pagar a longo prazo. Em seis meses quitei o valor, e começamos a erguer mais um piso do hotel.

O Hotel Rafain não parou de crescer. Atualmente, o estabelecimento possui 120 unidades habitacionais, sendo uma referência no setor. Investidor, Casemiro diversificou os negócios e passou o gerenciamento da empresa para a família. “Ainda hoje passo pelo hotel para dar uma administrada, visito as instalações e acompanho como está o serviço. Também participo das reuniões de administração do grupo”, revela.

Foz do Iguaçu, uma cidade de oportunidades
O empresário recorda a fragilidade da infraestrutura de Foz do Iguaçu, uma cidade com poucos moradores, reduzido número de hotéis e restaurantes. O setor de turismo ainda era incipiente, e o comércio no Paraguai não trazia turistas. “As coisas eram precárias. Lembro que uma vez abriu-se um buraco na Avenida Brasil, onde passa o rio, deixando a rua em meia pista. Fez aniversário. O buraco ficou exposto por uns dois anos sem nenhuma atitude das autoridades”, narra.

Somando-se ao esforço pelo desenvolvimento do turismo em Foz do Iguaçu, Casemiro atuou juntamente com empresários e suas entidades representativas do setor para ampliar a divulgação do destino. “Aos poucos, os governantes foram desenvolvendo a consciência sobre a importância de divulgar Foz do Iguaçu em outros lugares. Depois foi criada a Foztur, e as coisas foram melhorando”, ressalta.

Após construir sua história em Foz do Iguaçu, ao longo de quase seis décadas, o hoteleiro demonstra gratidão para com a cidade e também aposta no futuro. “Tem campo para todo mundo, basta se organizar um pouco e saber trabalhar. E o turismo é essencial para a cidade”, diz. “Sempre ganhamos aqui e sempre investimos aqui. Se fosse preciso, faria tudo de novo, apostando em Foz do Iguaçu”, reforça.

Fonte: Livro “Memórias – Sindhotéis”, laçado em maio de 2017.
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