Em sua reta final, período de navegação estima ter entre 650 mil e 700 mil cruzeiristas embarcados
temporada de cruzeiros 2022/2023 entra em sua reta final trazendo saldos positivos para o setor turístico: estima-se que, até o seu fim (que acontecerá no dia 20 de abril) seja gerado cerca de 48 mil empregos e um impacto econômico de aproximadamente R$ 3,6 bilhões para o Brasil – gerados por nove navios de cabotagem -, crescimento de 240% em relação a temporada anterior (2021/2022). Com esses números, a temporada se consolida como a maior dos últimos 10 anos.
Os dados são da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos – CLIA Brasil e foram divulgados nesta segunda-feira (17.04). O valor estimado engloba tanto os gastos diretos, indiretos e induzidos das companhias marítimas, quanto os gastos de cruzeiristas e tripulantes. As informações ainda apontam que a temporada deve somar entre 650 mil e 700 mil cruzeiristas embarcados, valor quatro vezes acima do registrado entre 2021/2022, quando a temporada contou com menos navios e um menor período de navegação.
“Esse resultado só comprova a força do turismo náutico e a importância do turismo para o país como um grande gerador de receita e emprego, tanto pelo trabalho nos navios quanto pela passagem dos visitantes nas cidades que fazem parte das paradas. São experiências memoráveis e uma alegria que só o turismo proporciona às pessoas”, comemorou a ministra do Turismo, Daniela Carneiro.
RESULTADOS – No total, foram nove embarcações de cabotagem (Costa Firenze, Costa Fortuna, Costa Favolosa, MSC Armonia, MSC Fantasia, MSC Musica, MSC Preziosa, MSC Seashore e MSC Seaview) que voltaram aos roteiros depois de um período de restrições. Elas partiram dos portos de Itajaí (SC), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Santos (SP), com escalas em 17 destinos, inclusive internacionais, como Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este.
A temporada 2022/2023 também marcou a volta do Brasil à rota de importantes companhias marítimas de todo o mundo, com 35 navios de longo curso fazendo paradas em 45 destinos localizados em 15 estados, como Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, entre outros, trazendo impactos que podem chegar a R$ 400 milhões para o país.
“Celebramos nossos avanços e conquistas nesta temporada, a maior da década, e já abrimos as portas para a próxima, que deve ser a maior dos últimos 11 anos. Estamos trabalhando muito pelo presente e pelo futuro do setor e isso engloba a busca de novos destinos, com alguns já confirmados para 2023/2024, melhorias na infraestrutura, nos custos, no ambiente de negócios do Brasil, além investimentos em sustentabilidade rumo à meta de diminuir as emissões de carbono em 40% até 2030 e zerá-las até 2050”, explicou Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.
PRÓXIMA TEMPORADA – Para a temporada 2023/2024, prevista para ter navegação de outubro de 2023 a maio de 2024, a expectativa é a de ofertar 840 mil leitos, crescimento de 6% em relação à temporada atual, e trazer um impacto econômico de, aproximadamente, R$ 3,9 bilhões para o Brasil.
Serão nove navios, como em 2022/2023, mas com capacidade maior. Entre as novidades, está a confirmação de Paranaguá (PR) como porto de embarque, além da possibilidade de estreia de destinos catarinenses, com escalas-teste em Penha (SC) e em São Francisco do Sul (SC), além do trabalho um pouco mais de longo prazo para viabilizar outras cidades, como Vitória (ES).
Além disso, a próxima temporada também deve contar com 35 navios de longo curso, que farão paradas em 47 destinos de 15 estados, como Amapá, Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com a expectativa de gerar um impacto de R$ 450 milhões para a economia nacional.
Por Nayara Oliveira / ASCOM MTur com informações da CLIA Brasil